13 junho 2005

Eternamente...
Eugenio de Andrade!


O Silencio

Quando a ternura
parece j� do seu of�cio fatigada,
e o sono, a mais incerta barca,
inda demora,
quando azuis irrompem
os teus olhos
e procuram
nos meus navega�ao segura,
� que eu te falo das palavras
desamparadas e desertas,
pelo silencio fascinadas

Eugenio de Andrade

OUSADIA
(repostagem)

Eugenio e eu...

A boca,

Onde o fogo
De uma verao
Muito antigo

Cintila,

(que pode uma boca
Esperar
Senao outra boca?)

Espera o ardor
Do vento
Para ser ave,

E cantar.

Eugenio de Andrade

Os olhos,

Curiosos
Que buscam Esta�oes
De todos os mundos

Os olhos esperam,

(que pode meus olhos
Desejar
Senao os teus olhos no meu olhar?)

Esperam em imenso horizonte
Desvendar os mist�rios
Das tuas palavras,

E me encontrar.

liliana miranda

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