22 junho 2005

Sao Joao - 24 de junho

Esse santo � o respons�vel pelo t�tulo de "santo festeiro", por isso, no dia 24 de junho, dia do seu nascimento, as festas sao recheadas de muita dan�a, em especial o forr�.
No Nordeste do Pa�s, existem muitas festas em homenagem a Sao Joao, que tamb�m � conhecido como protetor dos casados e enfermos, principalmente no que se refere a dores de cabe�a e de garganta.
Alguns s�mbolos sao conhecidos por remeterem ao nascimento de Sao Joao, como a fogueira, o mastro, os fogos, a capelinha, a palha e o manjericao.
Existe uma lenda que diz que os fogos de artif�cio soltados no dia 24 sao "para acordar Sao Joao". A tradi�ao acrescenta que ele adormece no seu dia, pois, se ficasse acordado vendo as fogueiras que sao acesas em sua homenagem, nao resistiria e desceria a terra.
As fogueiras dedicadas a esse santo tem forma de uma pir�mide com a base arredondada.
O levantamento do mastro de Sao Joao se d� no anoitecer da v�spera do dia 24. O mastro, composto por uma madeira resistente, roli�a, uniforme e lisa, carrega uma bandeira que pode ter dois formatos, em triangulo com a imagem dos tres santos, Sao Joao, Santo Antonio e Sao Pedro; ou em forma de caixa, com apenas a figura de Sao Joao do carneirinho. A bandeira � colocada no topo do mastro.
O respons�vel pelo mastro, que � chamado de "capitao" deve, juntamente com o "alferes da bandeira", respons�vel pela mesma, sair da v�spera do dia em dire�?o ao local onde ser� levantado o mastro.
Conta a tradi�ao que a bandeira deve ser colocada por uma crian�a que lembre as fei�oes do santo.
O levantamento � acompanhado pelos devotos e por um padre que realiza as ora�oes e benze o mastro.
Uma outra tradi�ao muito comum � a lavagem do santo, que � feita por seu padrinho, pessoa que est� pagando por alguma gra�a alcan�ada.
A lavagem geralmente � feita a meia-noite da v�spera do dia 24 em um rio, riacho, lagoa ou c�rrego. O padrinho recebe da madrinha a imagem do santo e lava-o com uma cuia, caneca ou concha. Depois da lavagem , o padrinho entrega a imagem a madrinha que a seca com uma toalha de linho.
Durante a lavagem � comum lavar os p�s, rosto e maos dos santos com o intuito de prote�ao, por�m, diz a tradi�ao que se alguma pessoa olhar a imagem de Sao Joao refletida na �gua iluminada pelas velas da procissao, nao estar� vivo para a procissao do ano seguinte.
A origem da Festa Junina no Brasil e suas influncias

Junho � o mes de Sao Joao, Santo Antonio e Sao Pedro. Por isso, as festas que acontecem em todo o mes de junho sao chamadas de "Festa Joanina", especialmente em homenagem a Sao Joao.
O nome joanina teve origem, segundo alguns historiadores, nos pa�ses europeus cat�licos no s�culo IV. Quando chegou ao Brasil foi modificado para junina. Trazida pelos portugueses, logo foi incorporada aos costumes dos povos ind�genas e negros.
A influencia brasileira na tradi�ao da festa pode ser percebida na alimenta�ao, quando foram introduzidos o aipim (mandioca), milho, jenipapo, o leite de coco e tamb�m nos costumes, como o forr�, o boi-bumb�, a quadrilha e o tambor-de-crioula. Mas nao foi somente a influencia brasileira que permaneceu nas comemora�oes juninas. Os franceses, por exemplo, acrescentaram a quadrilha, passos e marca�oes inspirados na dan�a da nobreza europ�ia. J� os fogos de artif�cio, que tanto embelezam a festa, foram trazidos pelos chineses.
A dan�a-de-fitas, bastante comum no sul do Brasil, � origin�ria de Portugal e da Espanha.
Para os cat�licos, a fogueira, que � maior s�mbolo das comemora�oes juninas, tem suas ra�zes em um trato feito pelas primas Isabel e Maria. Para avisar Maria sobre o nascimento de Sao Joao Batista e assim ter seu aux�lio ap�s o parto, Isabel acendeu uma fogueira sobre o monte.
No Nordeste do pa�s, existe uma tradi�ao que manda que os festeiros visitem em grupos todas as casas onde sejam bem-vindos levando alegria. Os donos das casas, em contrapartida, mantem uma mesa farta de bebidas e comidas t�picas para servir os grupos. Os festeiros acreditam que o costume � uma maneira de integrar as pessoas da cidade. Essa tradi�ao tem sido substitu�da por uma grande festa que re�ne toda a comunidade em volta dos palcos onde prevalecem os estilos tradicionais e mecanicos do forr�.

Fonte: Arte-educa�ao

Nenhum comentário: