08 setembro 2005

Claro que senti saudades... muitas.
mas...
" A cada volta tua há de apagar o que esta tua ausência me causou"
beijos Rui.

O guardador de rebanhos

Eu nunca guardei rebanhos,
Mas é como se os guardasse.
Minha alma é como um pastor,
Conhece o vento e o sol
E anda pela mão das estações
A seguir e a olhar.
Toda a paz da natureza sem gente
Vem sentar-se a meu lado.
Mas eu fico triste como um pôr do sol
Para a nossa imaginação,
Quando esfria no fundo da planície
E se sente a noite entrada
Como uma borboleta pela janela

...

Sou um guardador de rebanhos,
O rebanho é os meus pensamentos
E os meus pensamentos são todos sensações.
Penso com os olhos e com ouvidos
E com as mãos e os pés
E com o nariz e a boca.

Alberto Caeiro

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