A lua e o moinho de vento
Lua,
Quase não te vejo hoje,
Muita água te separa de mim.
E os milhões de espelhinhos
Voando no céu
Não fazem hoje nem um arco-íris.
Lua,
Estás tão bonita!
Tua face (veja!) resplandece
Tu és cura a quem padece
Vira teu rosto para mim!
Lua,
Se sabes o que sinto,
Por que não deixas
Que tuas longas madeixas
Me façam feliz?
Às vezes penso
E chego a conclusão
De que, sem você,
Viver é eterna danação.
Marcos Asas
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