31 agosto 2008

Mas ja vai mestre?! .. ainda é cedo!!!

Um dos maiores representantes da cultura popular do Estado, o rabequeiro Manoel Salustiano Soares, Mestre Salu, morreu às 7h55 deixando um enorme legado artístico. Nascido em Aliança em 12 de novembro de 1945 e pioneiro na divulgação da Zona da Mata Norte na capital, Salu exerceu forte influência sobre artistas como Antônio Nóbrega, Chico Science & Nação Zumbi, Silvério Pessoa, Siba Veloso e Renata Rosa.

Com o mestre, filho de João Salustiano, rabequeiro e artesão virtuoso, aprendeu a defender o cavalo-marinho e o maracatu rural, brincadeiras que ganharam espaço definitivo em frente à sua casa na Cidade Tabajara, a arena Ilumiara Zumbi.
O ministro da Cultura, Juca Ferreira, divulgou uma nota sobre a perda do artista. “Mestre Salustiano nos ensinou que a tradição da cultura popular não deve se fechar aos novos meios e linguagens por estar em constante movimento. Do seu berço, Aliança, terra do maracatu e do cavalo-marinho, Salu colocou o Brasil em uma pisada só, integral, sem divisas, realizando em sua própria vida a arte que assumiu”.

"Mestre Salustiano nos ensinou que a tradição da cultura popular não deve se fechar aos novos meios e linguagens, por estar em constante movimento; seu diálogo com as novas gerações permitiu que essa força não ficasse estacionada no tempo" Juca Ferreira - Ministro da Cultura
"Ele deu uma visibilidade à criatividade do povo da Zona da Mata que poucas pessoas imaginariam que um matuto poderia dar".Biu Vicente, pesquisador da cultura popular
"A arte tem que vir do povo e ele provou que isso é possível com simplicidade e talento".Josildo Sá, cantor e compositor


Pai de 15 filhos, apenas três deles não ligados ao maracatu, Salu foi embora antes da hora. É cedo ainda Salu!

Fonte: jornal do commercio

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