17 fevereiro 2006



Tempo e espaço confundo
e a linha do mundo
é uma reta fechada.

Périplo, ciclo, jornada
de luz consumida
e reencontrada.

Não sei de quem visse o começo
e sequer recomeço
o que é meio e o que é fim.

Pra viver no teu tempo é que faço
viagens ao espaço
de dentro de mim.

Das conjunções improváveis
de órbitas instáveis
é que me mantenho.

E venho arrimado nuns versos
tropeçando universos
pra achar-te no fim
deste tempo cansado
de dentro de mim.

Paulo Vanzolini

Nenhum comentário: