22 outubro 2006

.. No próximo domingo estaremos elegendo o nosso Presidente da Republica e em alguns estados o Governador.. Fiquem bem atentos e de olhos bem abertos à atitudes golpistas!

A TRAMA
FATOS OCULTOS
A mídia em especial a REDE GLOBO, omitiu informações cruciais na divulgação do dossiê e contriobuiu para levar a disputa ao segundo turno.

NÃO DEU NO JORNAL NACIONAL
Por que uma reportagem sobre Abel Pereira, produzida e editada, não foi ao ar? E outras nove perguntas a Ali Kamel
por Mauricio Dias

Na quarta-feira 11, a revista CartaCapital encaminhou 10 perguntas à Rede Globo, indagando sobre os critérios da cobertura jornalística adotados no Jornal Nacional durante o primeiro turno da eleição presidencial.

Eis as questões dirigidas ao jornalista Ali Kamel, diretor-executivo de Jornalismo da emissora:

1. Qual foi o critério adotado para a distribuição de tempo e espaço para os candidatos? Qual o princípio que norteou o critério adotado?

2. O critério adotado para esta eleição presidencial foi o mesmo das eleições anteriores ou, mais precisamente, o mesmo da eleição de 2002?

3. Por que, a partir do estouro do escândalo do dossiê, o Jornal Nacional não citou que 70% das ambulâncias da Planam foram liberadas na gestão do PSDB?

4. O Jornal Nacional, como ocorreu na edição de 23 de setembro, faz referência, com precisão, aos petistas Oswaldo Bargas, Jorge Lorenzetti e Expedito Veloso como “assessores da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva”, mas, quando se refere, nesse mesmo dia, às relações do senhor Barjas Negri com Luiz Antonio Vedoin, da máfia das ambulâncias, diz que ele é “ex-ministro do governo passado”? Não há, no caso, um tratamento desigual? (Em várias edições essa situação se repete.)

5. Por que, em nenhum momento, o JN não destacou um repórter para a investigação das relações de Barjas Negri e Abel Pereira em Piracicaba?

6. Temos informações seguras, que podem ser confirmadas pela equipe do SP-TV, de que um diretor da Globo vetou perguntas politicamente incômodas para o candidato a governador José Serra.

7. Na cobertura das eleições para o governo de São Paulo, os repórteres receberam a orientação de fazer entrevistas com os candidatos, nas ruas, com perspectivas propositivas. Ao candidato do PT, Aloizio Mercadante, não era dado espaço para falar do PCC e da perda de controle da ação policial no estado. Contrariamente, na campanha presidencial, era dado espaço amplo para críticas (justas ou injustas, não entramos no mérito) ao candidato Lula.

8. Sabe-se que foram produzidas matérias (pelo menos uma) sobre Abel Pereira. A reportagem foi editada, mas não foi ao ar. Qual o critério adotado nesse caso?

9. A Globo tem o áudio da conversa do delegado que entregou as fotos do dinheiro para a imprensa, mas não o divulgou. Além disso, adotou critérios diferentes para divulgar as fotos (obtidas ilegalmente) na véspera da eleição e não divulgar o dossiê de Cuiabá sob a alegação de que o material estava sob suspeita.

10. É fato que até hoje os telespectadores do JN não viram o governador eleito de São Paulo, José Serra, discursar na cerimônia de entrega das ambulâncias, ao lado de deputados sanguessugas. Por quê?

Eis a resposta do jornalista Ali Kamel:
“Se tem uma coisa que tem alegrado a nós, jornalistas da TV Globo, é o alto grau de isenção que temos conseguido imprimir na cobertura dessas eleições. Essa nossa convicção vem de três fontes: nossa própria avaliação, que é diária e procura verificar se temos nos conduzido com a isenção a que nos propusemos; a avaliação do público, que nos chega diariamente por nosso Centro de Atendimento ao Telespectador, com milhares de telefonemas e e-mails, e pela manifestação de todos os partidos políticos que têm atestado a isenção de nossos telejornais.

Uma das mais recentes manifestações nesse sentido veio do próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, em carta à TV Globo, justificando a ausência no debate na antevéspera da eleição, escreveu: ‘Aproveito para reafirmar o meu respeito à TV Globo e parabenizá-la pelo trabalho isento que vem fazendo na cobertura destas eleições’”
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Texto Extraído da Revista Carta Capital
Para uma leitura mais completa AQUI

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