18 dezembro 2006

Parlamentares desavergonhados


Há momentos em que a única reação digna diante de barbaridades éticas é a indignação. Muitos estamos indignados com a decisão dos líderes do Congresso tomada no dia 14 de dezembro, em reajustar praticamente em 100% seus próprios salários. De R$ 12.847,00 elevaram a R$ 24.500,00 que é o teto do Judiciário. Devido ao efeito cascata nos estados e nos municípios o gasto anual, surrupiado dos cofres públicos, será de 1,66 bilhões de reais.

Os nomes dos que se opuseram por respeito à ética merecem ser citados: do PSOL a senadora Heloisa Helena (Senado) e Chico Alencar (Câmara) e do PT Henrique Fontana. Todos os demais ou se calaram consentindo ou exultaram. Houve despudorados como o deputado Inocêncio de Oliveira (PFL-PE) que proclamou em péssimo latim "habemus aumento". Ciro Nogueira (PP-PI) foi simplesmente desavergonhado:"Fui a favor sim; não tenho vergonha de forma nenhuma".

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A Polícia Legislativa do Senado já liberou o aposentado Wiilian de Carvalho, 61, que protestou nesta segunda-feira (18) contra o reajuste de 91% nos salários dos parlamentares ao se acorrentar nos arredores do gabinete do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL).
"É um aumento absurdo. Estão cuspindo na nossa cabeça" Disse Wiilian de Carvalho.
O aposentado vai responder por desobediência à autoridade policial, por ter se negado a interromper o protesto, e por perturbação da ordem, por atrapalhar a rotina do Senado.
(Globo.com)

É pouco ou querem mais?...

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