27 fevereiro 2007

Iraque: 2003, 2004, 2005, 2006, 2007...
Tudo em nome de uma mentira deslavada.


Esse foi apenas um dos milhares e milhares de ataques das forças americanas - disfarçadas de "força de coalizão" - contra o povo iraquiano. Os anciãos, as mulheres e as crianças trucidadas por bombas de última geração ou ataques relâmpagos contra supostos "insurgentes" e "rebeldes" - leia-se iraquianos defendendo sua pátria, do usurpador - chegam à cifra das centenas de milhares, e cujas vidas não têm a quem ser reclamadas - pelo menos até hoje - porque a grande mídia e os governos ocidentais estão assustados com a possibilidade de serem taxados de inimigos ou acolhedores de terroristas, e transformarem-se no próximo alvo.
Cada ataque a redutos de civis desarmados, é explicado como ato de loucura dos rebeldes, que protegem suas posições com trincheiras vivas, e fica tudo por isso mesmo.
Que povo é esse que, acobertado por uma mentira desavergonhada, é capaz de invadir uma nação, subjugar seu povo, implantar um falso governo democrático, instalar um tribunal de execuções nos moldes dos existentes em épocas sombrias da barbárie humana - como a do holocauto na segunda grande guerra, estratégicamente utilizado por eles para desviar a atenção sobre o terror das bombas atômicas contra civis japoneses - condenar e executar nessa encenação de tribunal de forma atroz seus ex-líderes, zombar de tradições milenares, humilhar prisioneiros de guerra e expô-los ao ridículo, e ter o cinismo de justificar que tudo é em nome da liberdade de todos os homens?
Que povo é esse?!
Quem julgará esse povo e seus líderes, e quando isso acontecerá?
Em que tribunal serão julgados e em que praça serão executados?
A humanidade não poderá seguir adiante sem reparar essa miserável insanidade, esse assalto sanguinário e arrogante à dignidade das pessoas... Esse atentado abjeto ao amor universal, à vida!...


Rodolfo Vasconcellos em USURPADORES

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