06 fevereiro 2009

Efeito Dominó

Jornal lista os 10 maiores "responsáveis" pela crise global

A crise financeira que se agravou no segundo semestre de 2008 teve muitos motivos, mas todos eles têm por trás pessoas que tomaram decisões importantes nos últimos anos, sem prever o que poderia acontecer. Em busca de "culpados", o jornal britânico Times sugeriu dez personalidades do mercado financeiro e chefes de governo que teriam maior "responsabilidade" sobre a atual situação econômica.

1. Dick Fuld, 62 anos, ex-CEO do Lehman Brothers. O executivo liderava o banco de investimento em setembro (quando anunciou a bancarrota) e é apontado como um dos culpados por deixar o Lehman altamente exposto às hipotecas de baixa qualidade do mercado. Segundo o Times, Fuld também perdeu oportunidades de vender o banco antes da quebra, o que teria evitado a forte restrição de crédito.

2. Henry Paulson, ex-secretário do Tesouro americano. Permitiu a falência do Lehman Brothers e arquitetou um plano de resgate ao mercado financeiro no valor de US$ 700 bilhões - sem o efeito desejado.

3. Alan Greenspan, o ex-presidente do Federal Reserve (FED, o banco central americano). O economista foi responsável por cortar o juro dos Estados Unidos para próximo do zero, após a tragédia de 11 de setembro de 2001, e inundar o mercado com crédito barato e fácil. Em outubro, Greenspan admitiu que errou por ter acreditado que as instituições financeiras eram capazes de se proteger dos riscos sozinhas.

4. John Tiner e Hector Sants, os diretores da autoridade financeira do Reino Unido. Os dois eram encarregados de fiscalizar os bancos do país e não conseguiram ver que instituições como o Northern Rok estavam muito dependentes de fundos interbancários.

5. Fred Goodwin, o presidente do Royal Bank of Scotland (RBS). Anunciou na última semana prejuízo de 28 bilhões de libras e pode ser nacionalizado em breve. O executivo assumiu o banco em 2000 e concretizou 26 aquisições em sete anos, no total de 35 bilhões de libras.

6. Gordon Brown, o primeiro-ministro britânico. Segundo o Times, o chefe de governo teria previsto a crise há dez anos durante uma palestra em Harvard, mas fez pouco para evitá-la. Brown ainda teria encorajado o aumento dos preços dos imóveis e do spread bancário.

7. George Bush, o governante dos EUA. Durante o período de crescimento do crédito e da crise do sub-prime, mas não assumiu responsabilidade pela crise. De acordo com o Times, o ex-presidente americano acusou os banqueiros de Nova York pelos problemas econômicos do país.

8. Kathleen Corbet, diretora da Standard & Poor's até 2007. Segundo o jornal, ela liderava uma das agências de risco que não conseguiram prever os efeitos das hipotecas tóxicas no mercado americano. Além disso, é acusada de acreditar nas palavras dos investidores para conceder os ratings de crédito, sem analisar profundamente os riscos.

9. Hank Greenberg, ex-presidente da seguradora AIG. Permitiu o declínio da companhia, que precisou de um resgate de cerca de US$ 150 bilhões do governo americano para manter as operações. Greenberg foi o responsável pela empresa de 1967 a 2005, período em que inseriu a AIG no mundo dos derivativos de crédito.

10. Angelo Mozilo, ex-diretor da Countrywide (maior financiadora imobiliária dos EUA), encerra a lista de "culpados" do Times. De acordo com a publicação, Mozilo é acusado de empurrar crédito para quem não poderia pagar, enquanto isso recebia um salário anual de US$ 470 milhões.

Fonte: terra.com

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